Por estas e outras é a Deby do avesso: imperfeita e analógica.
Ela tem 35 anos e é paulista, mas, como já pariu dois cearenses, Manoel e Teresa, é nordestina por usucapião! Recentemente, entendeu que utiliza das múltiplas artes como gatilho pra escrever. Memória afetiva é seu combustível, tem as mulheres da família como maiores referências, talvez por isso todas as suas peças tenham um tom de autobiografia.

Da tatuagem ao bordado, Deby gosta mesmo é de contar histórias e me ajuda a criar narrativas visuais para os pares que formam a galeria de afetos da Escritos e Ritos. Sim, galeria, porque ela foi uma das primeiras pessoas que me inspirou nesse processo de entendimento como artista e artesã no manuseio da palavra. 

Os presentes simbólicos são 100% autorais e artesanais. Trazem a alma e as digitais dessa mulher-mãe-artista-empreendedora, que, em vez de uma mera reprodução, mergulha no processo por meio de uma collab na qual tem ampla liberdade para criar. 

Criamos, juntas, uma ciranda, onde o dito e o não dito, o tangível e o subjetivo, a técnica e o sentir fluido se entrelaçam, costuram, misturam, como uma aquarela em que não é possível distinguir onde uma cor começa e a outra termina.

De nossas trocas germinam
objetos que não precisam ser úteis, mas TAMBÉM podem ser.

Também, palavra de natureza agregadora. Logo, Por Estas e Outras também é Escritos e Ritos. Sou porque somos e nos somamos de uma maneira muito bonita, respeitando e enlarguecendo os espaços sempre que o amor pede passagem. Por obra da memória, ele passa e fica, se instala nas paredes da alma, nas estantes e nos instantes que nos salvam quando preciso.